TEMA: A Unitatis Reintegratio e o Ecumenismo
"A fim de que todos sejam um" (UR 2)
Neste 8º dia da novena, recebemos a visita do Pe. Luis Grillo. E a comunidade convidada foi a Comunidade São Vicente de Paulo.
Pe. Luis Grillo fala neste 8º dia sobre o Ecumenismo, que ele define como trabalhar para que o desejo de Deus seja realidade: "Que todos sejam um" e para que o inimigo de Deus enfraqueça e seu reino pereça. O Ecumenismo têm uma realidade positiva que é trazer a unidade e uma negativa a destruição do mal e a condenação de quem não quer o reino de Deus.
Deus não tira o Dom que Ele dá, mesmo que a gente use este dom para cometer o pecado e Deus não violenta a vontade humana, Deus não obriga ninguém a nada, porque a base da Igreja é o amor.
O Ecumenismo é exatamente a compreensão desta realidade: Que nós formos criados para amar. Amar um Deus único e verdadeiro. Para sermos ecumênicos é preciso voltar não só às origens da fé cristã, mas também às origens da fé judaica. Quando Deus se estabelece como um Deus vivo e verdadeiro. Quando Ele volta a se manifestar no meio do povo não mais pelos profetas, mas pelo verbo que se fez carne e se habitou entre nós: Ele diz: "Eu não sou o deus de um povo, não sou um deus de uma cultura, não sou um deus de uma nação. Eu sou o Deus de todos aqueles que querem me amar". E esse amor a Deus é manifestado na obediência aos preceitos de Deus, na realização da Sua vontade.
O Ecumenismo tem como base três atitudes distintas:
Perceber que Deus não faz acepção de pessoas, Deus ama a todos: ao santo e ao pecador. A ação do amor de Deus em nossa vida é de acordo com a nossa atitude, mas o amor de Deus é sempre o mesmo. Algumas pessoas podem estar mais receptivas ao amor de Deus, porque abrem mais o coração e outras não. O Ecumenismo é amar a todos sem distinção.
Compreender que a fé nos obriga a buscar o outro, entendendo o significado de amar a Deus e amar o irmão, para correspondermos ao amor de Deus amando e respeitando aquele que Deus também ama. E somente quem consegue o Espírito Santo dentro do coração de modo muito profundo pode conseguir entender que o rosto de Jesus está por traz de todos. O Ecumenismo pensado pelo Concílio Vaticano II é baseado no amor Caritas, no amor doação, no amor entrega. "Amar, segundo Jesus, significa guardar o outro dentro do meu coração, fazendo do outro a razão do meu viver".
Para amar é preciso ser heróis, a exemplo dos santos, pois souberam amar até mesmo aqueles que lhe fizeram o mal. Para isso é preciso dar testemunho, ter serenidade, equilíbrio e confiança em Jesus. O Ecumenismo é nós olharmos para Jesus e perguntar a Ele: Como o Senhor quer que eu amo aqueles que não compartilham o meu modo de pensar, aqueles que não Te vêem como eu Te vejo, aqueles que pregam de modo diferente, que não aceitam a Tua Igreja e não admitem de forma alguma os Teus amigos os santos e que muitas vezes se consideram salvos e nós condenados? Como nós devemos agir diante desta situação? Calamos? Encontramos defeitos na Igreja? Nos rebelamos, dizendo que a Igreja deveria abria mão de sua ortodoxia e seu modo de pensar para termos de voltar estes irmãos? O Santo Papa Bento XVI tem mostrado o mesmo caminho do documento Unitatis Reintegratio: Amar, conhecer e imitar a Jesus Cristo para que todos sejam um. E só há uma forma de trazer as pessoas à unidade, levar ao amor de Jesus Cristo, à sua palavra, porque quem conhece Jesus Cristo se enche do Espírito Santo e reconhece a necessidade de ser da Igreja e ser Igreja.
"A unidade é a essência da Igreja!"
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